Incautos da ABERT tentam criminalizar as rádios comunitárias e o governo federal fica inerte; vergonha

Associação alerta Paulo Pimenta e governo Lula sobre uso de rádios universitárias pela milícia e tráfico. Situação poderia atrapalhar novo projeto de incentivo da gestão - Joédson Alves/Agência Brasil 



Ninguém pode negar que há bandidos na política, nas polícias, nas igrejas, nos lares, nas piores e nas melhores famílias (maculando a imagem dessas instituições); entretanto, são casos pontuais; não se pode afirmar que todos são ou somos bandidos. Não. Alguns poucos bandidos se aproveitam de pessoas de boa índole, das igrejas, das instituições, para mascarar suas ilicitudes, mas as instituições não são parte do projeto do mal de tais facínoras. 


Isso precisa ficar claro para todos. 


Nesta semana, representantes da ABERT - Associação Brasileira de Rádio e TV, levaram ao governo Lula que as Rádios comunitárias estariam a serviço do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Ora, é sabido por todos que o Rio é “entupido” de bandidagem e os governos e as polícias parecem ser inertes. Penso que falta atuação enérgica. Aliás, saiu uma reportagem esta semana noticiando que alguns bandidos na Polícia Civil deram cobertura a outros bandidos do tráfico escoltando um carregamento de drogas. O crime cometido, nesse caso, não foi por uma rádio comunitária, foi pela “polícia”. 


Mas, o que está por trás dessa fake news envolvendo as coitadas das rádios comunitárias são os interesses dos empresários da grande mídia nacional que não querem perder a fatia do bolo (milhões de reais que o governo federal investe em propaganda institucional). 


Essa é a verdadeira verdade. 


ATUAÇÃO DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS

A bem da verdade, as coitadas das rádios comunitárias - pouco mais de 5 mil legalizadas no país; e outras 5 mil irregulares - prestam relevante serviço de comunicação social em todo o Brasil, inclusive, naqueles municípios que não dispõem de sistema de rádio ou TV comercial - e nunca terão, pois custa caro montar um.  


Como relevante contribuição social, educacional, cultural, elas veiculam programas evangélicos, divulgação do comércio local à custa de uma doação (apoio cultural) ou gratuitamente, ou seja, contribuem com a comunidade local das pequenas cidades.


Não há crime em sobreviver. Isso mesmo: não há crime em querer sobreviver neste país tão extenso e tão desigual; quem dirige uma rádio comunitária não ganha dinheiro; mal sobrevive do pouco que ganha - e quando ganha!  


Essas rádios não faturam milhões; ocorre - em maior parte das vezes -, que realizam vaquinhas para pagar contas de luz para se manterem no ar; os trabalhadores/colaboradores são voluntários; as estruturas físicas são precárias e, por vezes, não tem nem mesmo um ar condicionado; funcionam, mormente, em apensos das residências dos diretores, revelando a carência financeira destes. 


Em suma, carecem, essas rádios, de um olhar mais atento do governo federal - que se diz um governo popular - e não somente para os bandidos de terno. 




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