Siglas discutem a divisão interna
do dinheiro a que têm direito nas eleições 2018 e foco serão as campanhas de
parlamentares

Partidos que detêm a maior fatia do fundo eleitoral pretendem
dar prioridade às campanhas de deputados federais na divisão dos recursos
públicos investidos nas eleições de 2018. A medida deve drenar dinheiro de
candidatos a governador e a senador. As legendas começaram a discutir o repasse
interno do fundo, cujo orçamento é de R$ 1,7 bilhão. Por lei, a decisão sobre o
rateio cabe às direções nacionais das siglas.
A prioridade
aos candidatos a deputado se explica pelo impacto das bancadas na sustentação
dos partidos nos próximos quatro anos. Elas servem de critério para o rateio do
Fundo Partidário, destinado ao custeio das despesas dos partidos – R$ 888
milhões em 2018.
A quantidade
de deputados na Câmara também será base para a divisão do tempo de propaganda
no rádio e TV, nas eleições de 2020 e 2022. Neste ano, ainda não será aplicada
pela primeira vez a cláusula de barreira para acesso aos recursos a partir de
2019. Cada partido deverá eleger no mínimo nove deputados em nove Estados ou
obter 1,5% dos votos nacionais, com no mínimo 1% dos votos válidos em nove
unidades da Federação.
O Tesouro já
repassou o dinheiro a uma conta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para
fazer a transferência às legendas, a Corte aguarda apenas o envio de uma ata de
reunião da executiva com o detalhamento da divisão interna. A verba só pode ser
gasta a partir de 16 de agosto, início da campanha – e pelo menos 30% devem
bancar campanhas de mulheres.
As executivas
nacionais do PRB e do PSDB discutem o rateio nesta terça-feira, 26. O MDB adiou
o debate para 3 de julho. O PP analisará uma proposta no dia 4 de julho. O PT
pretende apresentar a divisão da verba ainda na primeira quinzena de julho.
As
cotas dos partidos
“A maior fatia dos recursos deve ficar para deputado federal”, disse o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, que administrará R$ 212 milhões do fundo eleitoral. A proposta em discussão no PSDB é destinar R$ 1,3 milhão aos deputados que disputam a reeleição e R$ 2 milhões aos senadores. O PSDB possui R$ 185 milhões do fundo.
“A maior fatia dos recursos deve ficar para deputado federal”, disse o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, que administrará R$ 212 milhões do fundo eleitoral. A proposta em discussão no PSDB é destinar R$ 1,3 milhão aos deputados que disputam a reeleição e R$ 2 milhões aos senadores. O PSDB possui R$ 185 milhões do fundo.
Com a maior
fatia (R$ 234 milhões), o MDB ainda precisa definir o repasse aos diretórios
estaduais e candidatos a governador. No início do ano, a executiva nacional da
legenda aprovou transferir R$ 1,5 milhão aos deputados candidatos à reeleição,
e R$ 2 milhões aos senadores.
O presidente
do PSD, Gilberto Kassab, combinou repassar, dos R$ 112 milhões, R$ 5 milhões a
candidatos a governador, R$ 1,5 milhão a cada deputado e R$ 2 milhões aos
senadores em busca de reeleição.
O DEM vai
destinar 60% para as eleições proporcionais (deputados) e 40% para candidatos
majoritários (senador e governador). A sigla terá R$ 89 milhões. O PRB deve
repassar os R$ 67 milhões a que tem direito aos postulantes a cargos
parlamentares, segundo o presidente da sigla, Marcos Pereira.
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