Corte de recursos para UFMA pode levar a suspensão das atividades da universidade nos próximos meses
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Foto: Divulgação
A cada dia a situação da UFMA
(Universidade Federal do Maranhão) vai se agravando, ao ponto de que alguns
professores e estudantes já estão até mesmo cogitando o fim da instituição de
ensino superior.
Nesta sexta-feira (25), o jornal O
Estado do Maranhão trouxe uma reportagem preocupante sobre a situação da UFMA.
O presidente da APRUMA, o professor e médico Antônio Gonçalves, demonstrou toda
sua preocupação com a situação, que apenas tem se agravado com a política de
contingenciamento de recursos e corte de verbas que está sendo feita pelo Governo
Federal.
“A realidade da UFMA é muito
difícil. Essa é a grande verdade”, disse Antônio Gonçalves. Ele afirmou que,
mensalmente, a universidade necessita de um repasse de R$ 5 milhões do
Ministério da Educação (MEC) para o custeio das suas despesas, verba essa que
não está sendo mais depositada nas contas da instituição maranhense.
“Atualmente, o governo está
cortando o que beneficia os trabalhadores, como saúde e educação”, frisou
Gonçalves.
O reflexo do contingenciamento das
verbas já está acontecendo. Houve cortes no programa de assistência estudantil
da universidade com a diminuição da quantidade de bolsas para os alunos,
conforme relatou o professor.
Tal situação também afetou as
obras realizadas dentro do Campus do Bacanga. O prédio da biblioteca central,
localizado logo na entrada da universidade, cuja pedra fundamental foi lançada
no ano de 2011 quando Fernando Haddad era ministro da Educação, até o momento
não foi concluído e os serviços estão paralisados.
Somam-se ainda os prédios do curso
de artes e do instituto de tecnologia que também não foram concluídos. O Centro
Educacional Paulo Freire, inaugurado no ano de 2014, já está precisando de
reparos.
Se essa é a triste realidade da
capital, imagina no interior do Estado onde existem os pólos da UFMA, como em
Pinheiro, Balsas, Grajaú, que teve o teto de algumas salas de aula desabado, e
de Imperatriz, em que algumas salas de aula foram interditadas e os alunos
tiveram assistir as aulas em escolas públicas do município.
E assim segue o ensino superior público
no Maranhão, caminhando para um buraco sem fundo e sem volta, infelizmente.
Do blog do Jorge Aragão
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