Este período do ano se caracteriza pela volta às aulas,
algumas escolas já tiveram início, outras estão na fase preparatória, o fato é
que para os estudantes esse momento pode ser de ansiedade, diante das inovações
que o ciclo pode levar para a vida de cada um, às vezes por conta da mudança de
série/ano, inclusão de disciplinas que deverão ser estudadas, novos colegas de
classe, ou até mesmo mudança de escola.
Esta ansiedade pode atingir estudantes de todas as idades, e
é normal ocorrer, até mesmo as crianças e adolescentes que estiveram em
atividade acadêmica no ano anterior podem sentir alguma espécie de desconforto,
o que deve, entretanto, chamar a atenção dos pais é quando esse desconforto se
exterioriza de um modo mais severo, prejudicando a desenvoltura do seu filho.
Quando os estudantes sentem uma aversão forte ao ambiente do
colégio, pode ser sinal da existência de uma fobia escolar, que pode,
inclusive, se exteriorizar com sintomas físicos (psicossomáticos), como
diarreia, vômito, dores abdominais, sudorese (suor excessivo), além do
incontrolável choro. Quando isso ocorre, normalmente os pais optam por deixar o
filho em casa, onde rapidamente os sintomas desaparecem, tendo em vista que
estão em sua zona de conforto, o lar é visto como um porto seguro.
Nesta ocasião o apoio da família é muito importante, devendo
ser evitada o desprezo em relação às aflições que o estudante está passando,
sobretudo evitando expressões pejorativas como “você é medroso!” ou “você é
besta!”.
Na verdade deve ser detectada a origem do problema, que pode
se tratar do medo de se separar dos pais, todavia ainda pode ser decorrente de
algum problema pessoal que esteja interferindo na sua desenvoltura acadêmica,
deste modo a escola é vista pelo estudante como um ambiente de frustração,
fazendo com que tente evitar sua permanência no local.
Em ambos os casos, devem ser trabalhadas as dificuldades,
fazendo-se necessário um acompanhamento profissional, para que o estudante
possa superar suas dificuldades, encarando o ambiente escolar como uma possibilidade
de crescimento intelectual e pessoal.
Luana Carvalho, Psicóloga – Clínica Espaço Vida (Tutóia/MA).
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