BREVE HISTÓRICO – PROJETO DOCE
SOPRO
No dia 17 de março de 2015, nasce
um projeto de música que ensina a tocar flauta e violão em um programa do
governo federal chamado Mais Cultura nas Escolas. Este projeto foi concedido à
Unidade Integrada Clementino Ramos em Tutóia Velha |Tutóia - MA à gestora
Viviane Lobato. Como o próprio nome diz, ele veio para incentivar a cultura da
localidade. A gestora, analisando qual deveria ser a melhor maneira para
realizar o projeto, pensou em muitas atividades culturais. O Professor Daniel
Monteiro (Téc. Informática da referida instituição) a muito tempo tinha um
sonho de montar um grupo para ensino de música semelhante àquele que um dia
teve a oportunidade de ingressar e se apaixonar pela música em Fortaleza - CE.
Tentou até mesmo trazer o projeto implantado pela empresa Yamaha (Sopro Novo),
porém este não se encaixava nas características necessárias à implantação do
projeto para Tutoia Velha onde poderia ensinar música às crianças e
adolescentes. A gestora viu no Projeto Mais Cultura a oportunidade para usar a
música como uma via de salvação para evitar que jovens e crianças não ficassem
ociosos e assim se envolvessem em coisas erradas. Juntos, Viviane Lobato e
Daniel Monteiro criaram este projeto de ensino de música com o apoio do Mais
Cultura. Ao invés de apoiar uma cultura já local decidiram colocar no contexto
uma nova cultura existente desde os primórdios da humanidade: a Música.
Com muita dificuldade foram
realizadas audições para adequar os candidatos ao ingresso no programa devido
aos poucos instrumentos adquiridos. Destes, permaneceram cerca de 40
componentes. A coordenadora e o professor foram remunerados inicialmente, pois
o projeto veio com recursos para a compra dos materiais necessários e pagamento
do professor e coordenadora, mesmo sendo estes recursos insuficientes para a
necessidade do projeto. Os valores foram enviados em duas parcelas. A primeira
foi liberada e a segunda atrasou mais de 8 meses. Apesar de não remunerados, a
coordenadora e o professor não abandonaram o projeto ou desistiram das
crianças.
Em 18 de junho (uma quinta feira),
tendo notícias de um projeto com flautas doce denominado Sopro de Vida que
estava em desenvolvimento em Paulino Neves-MA, o Professor Daniel foi até a
cidade e conheceu as crianças e jovens que ali participavam. Se sentiu muito
motivado com o progresso daquele projeto e gravou um vídeo onde estes alunos
tocavam e davam palavras de incentivo e apoio ao projeto Mais Cultura em Tutóia
Velha. A partir daí, teve o Sopro de Vida como inspiração e referência para a
continuidade do projeto. Seis meses depois, a primeira apresentação veio, sendo
realizada no dia 7 de setembro em praça pública com as músicas “Asa Branca” e
“O Som do Silêncio” numa belíssima apresentação apesar de simples e com muita
dificuldade.
Empolgados com a continuidade do
projeto, a coordenadora e o professor pensaram em oferecer um presente especial
à comunidade no Natal. Começam então uma corrida para organizar a 1ª Cantata de
Natal que seria realizada pelo grupo, que agora era denominado Doce Sopro – Um
Toque de Esperança. O professor conduziu os alunos do projeto para assistirem a
um Concerto de Natal em Paulino Neves realizado pelo Projeto Sopro de Vida.
Voltando de lá encantados com o magnífico evento já tendo o referido projeto
como exemplo a ser seguido, sonharam mais ainda em um dia poderem ser um grupo
de música como eles. A partir daí começaram a lutar para que esse sonho fosse
uma realidade. Infelizmente muitos ficaram pelo meio do caminho por motivos
particulares, mas os que permaneceram fazem por amor, assim como a coordenadora
e o professor que, mesmo sem remuneração, cuidam e dedicam seu tempo a esse
projeto por amor a essas crianças/jovens e à música. Muitas dessas
crianças/jovens não possuem condições financeiras para adquirir sequer a roupa
para usarem nas apresentações, mas com muito esforço os pais fazem de tudo para
conseguirem. Apesar das lutas, dificuldades e do tempo dedicado a esse projeto,
o mesmo não possui o devido apoio e reconhecimento das autoridades competentes,
mas permanece de pé. O aprendizado é constante e essa é a principal recompensa.
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