Brasil participará da elaboração de plano estratégico para uso
global da água Suzana Camargo - 23/04/2015

Durante uma semana líderes internacionais, entre
eles nove chefes de Estado, 80 ministros e 100 delegados de 168 países
estiveram reunidos em Daegu, na Coreia do Sul, no 7º Fórum Mundial da Água, que teve como tema “Água para o Nosso Futuro”.
O principal resultado destes vários dias de debates
e diálogos é o consenso que investimento em água precisa ser prioridade na
agenda política mundial das próximas décadas. Para que este desejo se torne
realidade – na prática -, os participantes
do encontro assumiram compromisso formal de criar um plano estratégico de gestão hídrica nos próximos
três anos.
Este plano, que deverá guiar ações dos países, cobrirá áreas de
infraestrutura financeira, segurança alimentar, desenvolvimento sustentável e
governança, além de todos aspectos ligados à gestão da água.
Uma plataforma online irá garantir que haja
transparência na implementação das ações do plano estratégico. O World Water Council*, organização internacional e
independente, e os governos da Coreia do Sul (sede do atual fórum) e do Brasil
(onde será realizado o próximo
encontro em 2018) ficarão responsáveis por assegurar que os países
que concordaram com o pacto façam a implementação das medidas
determinadas.
Alguns compromissos de cooperação bilateral também
foram acertados no 7º Fórum Mundial da Água. Eles serão muito importantes para
fortalecer o papel da gestão da água internacionalmente. É o caso, por exemplo,
do acordo entre Estados Unidos e México sobre o uso da água do Rio Colorado,
que fica na fronteira entre os dois países.
Japão, Coreia do Sul e China também concordaram em
priorizar o desenvolvimento sustentável no
setor hídrico e torná-lo mais atrativo para investidores.
Tomadores de decisão reunidos em Daegu afirmaram
ainda que setembro será um mês decisivo para
a segurança hídrica do
planeta. Segundo eles, água tem de
estar entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável,
que serão definidos pelas Nações Unidas como estratégicos para a próxima
década. “Temos de levar adiante uma agenda de ação que irá enviar um sinal
claro ao mundo: já sabemos o que precisa ser feito e estamos começando este
trabalho”, destacou o brasileiro Benedito Braga, presidente do World Water
Council.
Foto: pixabay/domínio público
Invenção
transforma água do mar em potável com energia solar Planeta Sustentável* - 24/04/2015

O objetivo do desafio
era criar um sistema simples e barato para fornecer água limpa para comunidades
rurais em países em desenvolvimento. Pela vitória, eles receberam um prêmio de
125 mil dólares.
O sistema usa uma técnica chamada eletrodiálise. Em
uma explicação simples, o sal é dissolvido na água e se transforma em
partículas com cargas elétricas positivas e negativas. Para remover essas partículas,
o sistema usa membranas elétricas que atraem as cargas como se fossem imãs.
“Funciona como um
circuito elétrico. Os íons são puxados para fora da água em direção aos
eletrodos”, disse Natasha Wright, doutoranda no MIT e uma das criadoras do
sistema, ao jornal Boston Globe. Ela ainda ressalta que apenas 5% da água é
perdida nesse processo.
A dessalinização é feita usando baterias, similares
às de carros e caminhões. Elas são carregadas durante o dia utilizando painéis
que captam energia solar, o que dá um caráter ecológico à invenção.
Uma unidade do
sistema é capaz de abastecer água para irrigar uma pequena fazenda ou então
para atender às necessidades de uma população de cinco mil pessoas.
Apesar do foco em
países em desenvolvimento, a invenção pode ser importante também para grandes
áreas metropolitanas.
Problemas graves com escassez de água assombram
o estado de São Paulo desde o ano passado. O estado da Califórnia, nos Estados
Unidos, também vem enfrentando uma crise hídrica histórica.
Foto: Pixabay
Fonte: Blog Planeta Agua
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