Desmatamento do manguezal e suas conseqüências: aprendendo na prática

Hoje, 15 de setembro de 2010. Nossa aula passeio começa numa das paisagens mais ricas e bonitas de Tutoia Velha: a foz dos riachos Banguê e do que vem da Lagoinha.


Aqui, como em todos os lugares de manguezal, as águas trazidas pelos riachos contêm grande quantidade de argila e matéria orgânica em suspensão. O contato com a água salgada forma um solo lodoso, muito úmido, salgado e pouco oxigenado. Nesse ambiente de águas salobras, uma grande quantidade de microorganismos decompõe ativamente os restos orgânicos existentes, liberando nutrientes que vão enriquecer as águas e alimentar peixes: fonte de alimentação para a população local.

Veja nas fotos.

Saímos as 8: 45 da manhã, retornamos às 10: 40, aproximadamente duas de passeio em uma canoa com motor de popa emprestado dos pescadores locais.

Éramos dezoito pessoas: eu, o Professor Ezequias e 17 alunos e alunas do 8º ano do Colégio Clementino Ramos de Tutoia Velha.

O objetivo da aula foi observar os focos de desmatamento desse ecossistema de grande importância para a população, especialmente para os pescadores dessa e comunidades vizinhas: Raposa, Dendê, Lagoinha, Itaperinha, Passagem dos Bois e outras.

No caminho não foi possível observar muitos focos de desmatamento, mas sabemos que a população explora a madeira do manguezal (principalmente o mangue vermelho - Rhizophora mangle – com raízes áreas) para lenha, construção de cercas, moradias etc. Talvez não tenha percebido que isso provoca a destruição não sói da floresta de manguezal mas das espécies que dependem desse ecossistema: peixes, aves etc e consequentemente o escasseamento desses animais afeta diretamente a sua subsistência, pois grande parte de sua alimentação vem daí.

O legal é que os alunos puderam perceber essa problemática e devem repassá-las a seus familiares e amigos.



Comentários

  1. Parabéns pela iniciativa...

    O Banguê corre em meu quintal...

    mas por onde corre o riacho que sai da Lagoinha?


    :)

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