Daniel Silveira admite que deixou de usar tornozeleira eletrônica

 

Secretaria de Administração Penitenciária do DF informou ao STF que o equipamento está descarregado desde o último dia 17. O Ministro Alexandre de Moraes cobrou explicações da defesa.


Por g1 — Brasília. 26/04/2022 21h26. Texto completo do G1


Moraes afirma que Daniel Silveira continua inelegível mesmo com perdão de Bolsonaro

Moraes afirma que Daniel Silveira continua inelegível mesmo com perdão de Bolsonaro


O deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) admitiu nesta terça-feira (26) que estava sem tornozeleira eletrônica. Questionado por jornalistas enquanto circulava pelos corredores do Congresso Nacional, o parlamentar disse que "nem era" para ele ter utilizado o equipamento. "Estou sem ela", respondeu.


Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, o equipamento instalado no parlamentar está descarregado desde o último dia 17. Silveira recebeu a tornozeleira no dia 31 de março, em Brasília (foto abaixo), após o ministro do STF Alexandre de Moraes ter determinado multa diária caso o deputado seguisse resistindo ao monitoramento.

Daniel Silveira coloca tornozeleira — Foto: Arte/g1

Daniel Silveira coloca tornozeleira — Foto: Arte/g1


Na última quarta-feira (20), Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por ataques antidemocráticos a ministros e ao Supremo.


No dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro concedeu indulto individual (perdão da pena) ao parlamentar – o que, na prática, vai impedir a execução da pena, mas não os efeitos secundários da condenação, como a inelegibilidade.


No entanto, o indulto individual concedido a Silveira não tem validade automática. Por isso, o parlamentar ainda precisaria utilizar a tornozeleira eletrônica.

Moraes determina que defesa de Silveira se manifeste em 48 horas sobre indulto dado por Bolsonaro


Moraes determina que defesa de Silveira se manifeste em 48 horas sobre indulto dado por Bolsonaro


Em decisão publicada nesta terça-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes disse que o Supremo tem de analisar se o perdão concedido por Bolsonaro é constitucional.


Além disso, Moraes deu 48 horas para a defesa de Silveira se manifestar sobre o indulto e sobre o descumprimento de medidas restritivas por parte do parlamentar. O ministro disse também que o indulto não livra Silveira da inelegibilidade.



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