Foto: Divulgação/PM
“Nós solicitamos o exame cadavérico e agora foi enviada a requisição de um exame toxicológico. Fizemos diversas diligências, inclusive, com o apoio da perícia, que também analisou o local do crime, onde foram feitas algumas coletas e nós temos resultados muito bons, é uma investigação que está bem avançada”, declarou a delegada.
Foto: Alef Leão/GP1
Delegada Luana Alves, titular da Delegacia Especializada em Feminicídio
A Delegacia Especializada em Feminicídio, coordenada pela delegada Luana Alves, requisitou ao Instituto de Medicinal Legal (IML) de Teresina um exame toxicológico no cadáver da aposentada Maria Antônia de Sousa, 62 anos, que foi encontrada morta em uma caixa de presente no dia 09 de fevereiro de 2021, no residencial Conviver, zona norte de Teresina.
Em entrevista exclusiva ao GP1, a delegada
Luana Alves ressaltou que as investigações estão avançadas e que, com a
identificação da vítima, o próximo passo será chegar à motivação e as
circunstâncias do crime.
Vítima
pode ter sido envenenada
Questionada sobre a possibilidade de Maria Antônia ter sido morta por envenenamento, a delegada ressaltou que o pedido de exame toxicológico foi feito para constatar se existia alguma substância no corpo da mulher que pode ter causado a morte, mas evitou falar sobre as hipóteses trabalhadas na investigação.
“Para não atrapalhar nossa investigação eu prefiro não responder essa
questão, mas o toxicológico visa, principalmente, saber se existia alguma
substância no corpo da vítima que pudesse causar o envenenamento. Nós queremos
saber se no corpo da vítima existia alguma substância que pudesse envenena-la.
Se causou a morte ou não, o perito pode responder. O perito médico nos falou
que, aparentemente, o corpo não tinha lesões, isso ele respondeu tanto no laudo
cadavérico inicial como no complementar”, finalizou.
A requisição foi feita há cerca de dois meses e até o momento não há
resposta quanto a realização e o resultado do exame toxicológico, essencial
para a finalização do caso.
Investigações
A delegada relatou também que a demora pela identificação do corpo se
deu por não haver nenhum registro de desaparecimento da aposentada no momento
em que ela foi encontrada.
De acordo com Luana Alves, os familiares só registraram o Boletim de
Ocorrência no dia 23 de fevereiro de 2021, 14 dias depois de o corpo ter sido
encontrado na região da Grande Santa Maria da Codipi.
“O caso da dona Maria Antônia foi diferente, porque o Boletim de
Ocorrência foi registrado apenas alguns dias depois do desaparecimento. A
informação inicial dos familiares é que ela iria viajar para uma cidade do
Maranhão, onde fica um povoado que não tem internet e até os parentes
conseguirem se conectar para saber se a vítima estava ou não nesse povoado,
demorou certo tempo.
Luana Alves ainda destacou o trabalho em conjunto da Delegacia
Especializada em Feminicídio juntamente com a Delegacia de Desaparecidos, que
estava investigando o desaparecimento de Maria Antônia.
“Essa investigação teve a participação muito importante da Delegacia de
Desaparecidos, a gente tem que dá destaque porque eles insistiram muito na
investigação dessa senhora que estava desaparecida e acabou que bateram as
informações com a vítima que foi encontrada nessa caixa”, enfatizou.
Maria Antônia era natural do Maranhão, mas tinha familiares na capital
piauiense, onde morava quando foi morta.
Fonte: GP1
Comentários
Postar um comentário