A greve geral do dia 28 de abril
foi um momento decisivo da resistência e da luta da classe trabalhadora, dos
movimentos populares, das mulheres, dos negros e negras, das juventudes, contra
os brutais ataques que o tenebroso governo golpista de Temer vem desferindo
contra o povo brasileiro, juntamente com os seus sócios do parlamento, do
judiciário, da mídia golpista, do grande capital.
A greve geral é o resultado de um
processo de construção e acumulação de forças iniciado pela CUT em 2016, em
meio ao acirramento da luta de classes no país, e que contou com uma intensa
jornada de lutas e mobilizações, assembleias, debates, atos, ocupações,
paralisações e greves, que trouxeram a classe trabalhadora para as ruas à
medida que os ataques aos direitos se intensificaram.
A pressão das bases sindicais
sobre direções pelegas e golpistas fez com que se construísse unidade das Centrais
na convocação da greve geral. Eis porque não é força de retórica dizer que
nunca antes na história deste país a classe trabalhadora sofreu ataques tão
explícitos e avassaladores para destruir direitos conquistados ao longo de um
século de lutas.
O governo Temer, em dezembro
congelou por 20 anos os gastos com educação, saúde, políticas sociais, salários
de servidores e investimentos em infraestrutura, porém preservando o pagamento
da discutível dívida pública a juros escorchantes.
Em março, aprovou a terceirização
irrestrita, sem nenhuma garantia de direitos aos trabalhadores, numa manobra
espúria que desengavetou projeto de lei de FHC, arquivado pelo presidente Lula.
Em abril, passando por cima do
regimento interno da Câmara, a canalha parlamentar aprovou regime de urgência
para a Reforma Trabalhista, o que se for levado a cabo na prática acaba com a
CLT e com a possibilidade do trabalhador recorrer à Justiça do Trabalho.
A cereja do bolo ficou para o
capital financeiro, para os banqueiros que a partir da destruição da
previdência pública abrirão um mercado milionário para os bancos explorarem e
lucrarem ainda mais à custa da penúria da classe trabalhadora. Mas foi
justamente a partir do caráter explicitamente destruidor e escravista da
Reforma da Previdência – trabalhar até morrer -- que a luta ganhou intensidade
e surgiu a possibilidade real de derrotar as nefastas reformas e o golpe nas
ruas.
A greve geral de 28 de abril deve
abrir uma etapa mais intensa e radicalizada da luta política e social no país,
reivindicando Nenhum direito a Menos e também a redemocratização do país, pois
nem o Temer, nem o Congresso, nem o Judiciário tem legitimidade para continuar
governando o Brasil.
Adaptado do site da CUT
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