Por que a educação de Tutóia não dá certo? Será que falta gestão e comprometimento?

Começo este post parafraseando uma das figuras que cito neste, pois bem, não conheço nem Cid Gomes e nem o Gustavo Ioschpe pessoalmente, mas os admiro.

O Cid por ter revolucionado a educação de seu município, Sobral-CE, quando fora prefeito, e, o Ioschpe, economista, pelas matérias sobre educação que ele faz na coluna da Revista Veja.

Imagino o que vou postar aqui agora certamente deixará colegas professores e gestores da educação municipal de olhar torcido para mim. Mas, não faço por mal, apenas por querer que a educação de nosso município melhore e que avance e comece a figurar como destaque na educação e porque somente por essa via um povo será liberto e próspero.

No nosso município enxergo dois graves problemas na educação: o primeiro, a falta de gestão ou de comprometimento de gestores de escola e da própria Secretaria de Educação. O que há, na grande maioria dos casos, é um faz de contas de que se está fazendo direito na educação. O gestor da educação não cuida e nem cobra como deveria de seus professores e demais funcionários. Trata a coisa pública como sua propriedade. Vê, em muitos casos um ou outro profissional como inimigo ou como opositor partidário. Transfere e impõe regras inimagináveis e intoleráveis. Não dialoga. Não capacita. E quando há capacitação, as que ocorrem, são meramente para cumprir uma diretriz do MEC e gastar recurso público sem funcionalidade. Gastar em capacitações que não servem de nada. Deveriam ser melhores, mais elaboradas, com mais conteúdo prático.

Siga o exemplo da China ou de Sobral, cara Secretária.

O segundo, são os próprios profissionais do magistério. E, em um número significativo, quando da labuta docente, falta comprometimento, falta conhecimento, falta preparo, falta formação. Vemos profissionais que dizem: “eu não gosto de ler”, “eu só dou aula porque não tenho outra ocupação”, “tou cansado disso aqui” e outros absurdos impublicáveis. É bem verdade que a remuneração do professor nunca foi boa coisa, ainda mais em Tutóia. Incomoda, na memória, de um passado recente o desumano trato para com o professor por parte de gestores públicos: atrasos em salários, salários pagos em valores irrisórios (1992 a 1996, foi assim), escolas sem a mínima estrutura para funcionamento, estradas intrafegáveis para deslocamentos sem tamanho sem qualquer ajuda extra, etc. Mas, não justifica um profissional, “dar aulas” de qualquer jeito, como bem lhe convier, de fazer assim porque “todo mundo assim o faz”. Repito, isso não justifica o trabalho ruim que temos desenvolvido em nossas salas de aulas. É culpa nossa também (digo, do professor). É culpa da gestão (muitas vezes, incompetente e jerica). A saber: o salário começou a melhorar, se ainda não está sendo pago o que deveria, deve se cobrar e não descontar isso no educando.


Sugiro, pois, que a gestão da Secretaria de Educação adote medidas de premiação a trabalhos de destaque, por exemplo, o professor que consegue alfabetizar bem sua turma, que desenvolver um projeto de destaque que culmine no crescimento do aprendizado de seu aluno, que participe do maior número de capacitação e com frequência, que participe e incentive os professores a criarem grupos de estudos, aliás, poderia se adotar esses grupos de estudo em capacitações/formações. Tudo isso feito, avaliado, premiado, reconhecido, aí teremos crescimento da educação de Tutóia. E na outra ponta que haja cedência e disposição dos profissionais para o que sugiro. 

Ah, já ia esquecendo leiam o artigo do Ioschpe da Veja de 28 de Janeiro de 2015.
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