Conta de luz fica 6,78% mais cara em setembro e terá desconto de R$ 50 para quem economizar


O aumento é anunciado por conta da crise hídrica do Sul e Sudeste. O curioso é que há uma discussão em andamento para levar água dos rios do Nordeste para essa região da parte de baixo do mapa, mas quando há problemas lá querem repartir com os primos pobres aqui da parte de cima do mapa. E um governo que só usa discursos sem sentido para camuflar os problemas do país e, além disto, incita o agravamento de uma crise institucional dos poderes. Ademais não cumpriu o que mentirosamente prometeu baixar o botijão de gás, esse o preço mais que dobrou. Prometeu baixar o combustível, este triplicou de preços e o resultado é uma inflação nas alturas e que maltrata o consumidor da cesta básica, principalmente. Um governo que prometeu mentirosamente resolver o problema da segurança e esta só se agrava. 

A conta de luz em setembro vai subir de R$ 9,49 por cada 100 kWh para R$ 14,20, um aumento de 6,78%. Desde o início do ano o aumento já chegou a quase 50%. E a  tarifa continua – desde junho – com a bandeira vermelha 2 , o pior patamar o possível.

Mas, para não pesar tanto no bolso dos brasileiros o governo federal inaugurou um programa de descontos que funciona como um racionamento voluntário que deve vigorar até abril de 2022.

No pronunciamento feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a medida é uma forma de mostrar ao consumidor que adotando redução do consumo no presente pode-se ter uma conta de luz mais barata no futuro, quando a crise hídrica tiver sido superada.

Confira a seguir como conseguir juntar bônus para ganhar desconto na fatura de luz e como isso vai impactar a sua conta no fim do mês.

Quanto é o desconto na conta de luz?

Inicialmente, a ideia era dar R$ 1 para cada KWh economizado. Entretanto, a proposta do governo foi descartada por impossibilidade de financiamento.

Mas a proposta aprovada foi de  R$ 50 a cada 100 kWh economizado. Desconsiderando o aumento no valor da tarifa para R$ 14,20, o valor líquido do bônus seria de R$ 35,80 a cada 100 KWh.

Uma família brasileira composta por dois adulto e duas crianças é de uma média de 163 quillowatts-hora mensais, o que equivale a R$ 139,26 com impostos já inclusos.

Se esta família economizar 20% pagará uma conta 36% menor, ou seja, um desconto de R$ 88,43.

Como o desconto será financiado?

O desconto garantido pelo governo trás uma sensação de que o consumidor está economizando, quando, na verdade não está. Isso porque o bônus será pago pelos próprios cidadãos a partir de reajustes na conta de luz.

Como o Ministério da Economia não aceitou usar o Orçamento da União para subsidiar o bônus, a ideia é de que os próprios consumidores paguem, proporcionalmente pelo custo adicional da geração de energia de cada região.

Ou seja, ao receber a premiação os clientes estão somente recebendo de volta o valor que eles mesmos já pagaram às distribuidoras de energia por meio de encargos na conta de luz.

Mas a falsa sensação de economia não é o único problema da proposta de racionamento voluntário criado pelo governo. A proposta também pode trazer mais prejuízo às distribuidoras, dependendo do valor de premiação que for decidido.

Atualmente, a tarifa média paga hoje pelos consumidores brasileiros é de R$ 607,60 por MWh. Ou seja, R$ 0,60 a cada 1 KWh. O bônus não pode ser maior que este valor, caso contrário traria dívidas às distribuidoras de energia.

Mesmo assim, ainda há este risco já que devido à falta de energia algumas distribuidoras estão usando energia de termelétricas que são quase 10 vezes mais cara. Por exemplo, a termelétrica William Arjona, no Mato Grosso do Sul, tem um custo de R$ 2 mil por MWh ou R$ 2 a cada 1KWh. Se este preço for considerado, o bônus garantido aos consumidores trará prejuízos ao governo.

Quem tem direito ao bônus?

O bônus só será dado para quem reduzir o consumo entre 10% e 20% em relação às faturas anteriores.

Quando começa a valer o desconto?

O desconto está garantido a partir de setembro e vai vigorar até dezembro. Mas, caso a crise energética não melhore, o governo tem expectativa de prorrogar o sistema de bônus para até abril de 2022.

Conta de luz vai aumentar mais até o fim de 2021

bandeira vermelha 2 deve ser elevada entre R$ 15 e R$ 20 entre setembro e maio de 2022, segundo estimativas da Aneel. Até dezembro a conta de luz pode ter uma tarifa de R$ 25,00 – a mais cara de toda a história!

Caso isso aconteça, haverá novo aumento da inflação – que já acumula uma alta de 8,99% nos últimos 12 meses (até julho).

Racionamento voluntário na conta de luz é suficiente para conter a crise?

Para o ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, a medida não é o suficiente. Segundo ele, o consumidor pode se sentir injustiçado com a falsa sensação de economia, o que pode provocar uma falta de adesão ao racionamento:

Em geral, o racionamento de energia por prêmio costuma ser eficaz. O problema é enganar o consumidor e fazer com que ele pague para si mesmo, e devolver só uma parte. Quem deveria pagar é o gerador que está sem energia, caso das hidrelétricas, ou seja, quem está vendido no mercado”, afirmou. 

Além disso, ele também garante que a base de comparação precisa ser assertiva para garantir uma economia que seja suficiente para conter a crise hídrica. Segundo ele, a melhor escolha seria usar os meses de junho a agosto de 2020 que foi marcado pelo aumento no consumo de luz devido às restrições da pandemia.

crise hídrica é a pior dos últimos 91 anos e foi responsável pelos frequentes aumentos na conta de luz desde o fim de 2019.

Fonte: Estadão Poder 360, Agência Brasil  POR  EM 31/08/2021, ÀS 03:08, COM ADAPTAÇÕES BLOG ELIVALDO RAMOS 




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