O Grupo de Atuação Especial de
Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e a Superintendência Estadual de
Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor) deflagraram, na manhã desta
quinta-feira (19), operação conjunta para cumprir mandados de busca e apreensão
e de prisão temporária. A ação aconteceu simultaneamente em São Luís e no
município de Santa Quitéria, onde o dinheiro público teria sido desviado. Os
mandados foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara Criminal de São Luís.
De
acordo com Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que investigou a suposta
organização criminosa, a prefeitura de Santa Rita teria direcionado
procedimentos licitatórios para a contratação de serviços de manutenção
veicular e de locação de veículos. A beneficiada foi a empresa Translumar –
Limpeza Urbana e Transporte Maranhense. As irregularidades foram cometidas na
gestão do ex-prefeito da cidade, Sebastião Araújo Moreira, o Moreirão (PR).
Para
o promotor de justiça Luiz Eduardo Braga Lacerda, integrante da força-tarefa
que desbaratou a orcrim, “há indícios da existência
de uma organização criminosa estruturada, com divisão específica e ordenada de
tarefas, objetivando a prática de crimes relacionados a fraudes em processos
licitatórios, desvio e apropriação de verbas públicas na gestão do ex-prefeito
Sebastião de Araújo Moreira. Tudo com a participação de agentes públicos e
particulares do município”.
Durante
as investigações, foi constatado que a Translumar não exercia suas atividades
no endereço indicado como sua sede, não possuía veículos com as especificações
contidas no Edital que fossem cadastrados em seu nome e não possuía
funcionários registrados. Foi identificado, ainda, que a prefeitura de Santa
Quitéria realizou pagamento em favor da empresa no valor aproximado de R$ 3,2
milhões.
O
pagamento, segundo Lacerda “ foi feito sem a prestação dos serviços e com
ausência de empenho prévio, representando efetivo dano ao erário municipal”.
Segundo
o promotor de Justiça Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues, coordenador do Gaeco em
São Luís, “a operação foi realizada para apreender documentos, computadores e
outros objetos relacionados à possível conduta delituosa, e para identificar
outros integrantes da organização criminosa”. Ele ressaltou que há “evidências
da prática do crime de lavagem de dinheiro”.
Pregoeira de Timbiras
Foram
cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados
Sebastião de Araújo Moreira (ex-prefeito), Dalila Pereira Gomes
(ex-primeira-dama), Keller Bernardo Aquino da Silva (ex-secretário municipal de
Educação e Administração), Eliza dos Santos Araújo Lima (ex-pregoeira),
Osmar de Jesus Costa Leal (ex-prefeito e liderança política na região) e Luís
Henrique Almeida Lopes (sócio da empresa Translumar).
Atualmente,
Eliza dos Santos trabalhava como pregoeira para a Prefeitura Municipal de
Timbiras. A profissional era responsável pela condução de licitações (pregões
presenciais e eletrônico, leilão, registro de preços e etc).
Com
o aval do prefeito Antônio Borba, Eliza fechou diversos contratos suspeitos,
como a compra de dois mil botijões de gás
e 432 mil litros de água mineral, e a compra de 3.297 unidades de 71
tipos de materiais de expediente.
A
prisão da pregoeira acendeu a luz vermelha na Prefeitura de Timbiras, pois o
Gaeco e Seccor precisam investigar os contratos milionários fechados por ela na
gestão do prefeito Antônio Borba.
Fonte: blogdomarcosilva.com.br/
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