Nosso “calcanhar de Aquiles” é um desafio, mesmo para um bom
gestor da pasta, por conta das muitas influências externas - fruto de muitos
combinados políticos que, não sei se ocorre nesta gestão, mas era regra nas
gestões passadas. Se ocorre em dias atuais, é um demasiado equívoco.
Há relatos de muitas carências em várias escolas. Desde a
merenda escolar ao não pagamento de horas extras por serviço excedente como dos
professores de Educação Infantil que deveriam laborar 30 horas semanais e estes
estão com 34 a 40 horas. Além de prováveis contratados que estão desde janeiro
sem receber. Se procede esta reclamação é sinal de que o governo pode ir muito
mal.
Nos grupos de WhatsApp aparecem reclamações sobre falta de
ventilação em algumas escolas. E de outras que ainda não iniciaram as aulas
regularmente. Pois há relatos que em algumas delas o funcionamento é parcial. Há
duas coisas que podem ocorrer nesse caso, ou o ano letivo será estendido ou
muitas crianças ficarão prejudicadas.
Noutra ponta, existe uma luta antiga dos servidores pela valorização
e pagamento do que está previsto na Legislação Municipal, mas pouco se tem
visto do governo em melhorar (horas excedentes, regência, adicionais, gratificações). Não é, ainda, prioridade.
Uma matéria que li na revista Exame (on line) traz em seu
texto o chamado “os números não mentem. No último ranking divulgado pelo Programa
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012, da OCDE, o Brasil ficou em 38º lugar entre 44 países em uma
avaliação de raciocínio rápido associado a problemas do dia a dia.” Talvez
falte valorização, participação, empenho, gestão (de todos os envolvidos).
Educação precisa ser prioridade. Senão não há como nosso município
prosperar.
Até aqui poucas ou quase nenhuma escola recebeu reformas e não
se sabe se há um planejamento estratégico, um levantamento das escolas que
carecem de reforma e ampliação (são quase todas, haja vista que no governo
passado poucas receberam esses serviços).
Há um volume significativo dos 40% dos recursos do FUNDEB
creditados desde o início do ano. É preciso saber qual é o calendário de
reformas e ampliações e quais escolas receberão prioridade. A escola Monsenhor
Hélio Maranhão teve fotos vazadas na rede social mostrando a caótica situação
do telhado (uma das salas foi interditada pelo risco de desabamento), aliás, já
vi imagens de outras escolas em que há alastramento de cupim na madeira do
telhado.
No transporte escolar, alguns ônibus estão em estado
precário, por exemplo, um que faz linha de Porto de Areia a Tutóia está com um
dos vidros traseiros quebrados colocando em risco crianças menores que
transporta. Sobre o transporte terceirizado (empresas licitadas) recaem também queixas.
Há comunidades que ainda não receberam o transporte escolar, segundo reclamações.
No final das contas a nossa Educação vai mal e carece estar no centro das discussões estratégicas do governo.
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