Relator
da Lava Jato no STF mandou afastar senador do PSDB gravado pedindo R$ 2 milhões
ao dono da JBS. Parlamentar tucano afirma estar 'tranquilo quanto à correção de
todos os seus atos'.
Aécio Neves poderá
frequentar dependências do Congresso durante afastamento (Foto: Jorge William /
Agência O Globo)
O
advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, informou que a Casa afastou o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) assim que foi notificado oficialmente, na manhã
desta quinta-feira (18), da decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que o tucano fosse
impedido de exercer as atividades parlamentares.
Em
delação premiada à Procuradoria-Geral da República, o empresário Joesley
Batista, dono do frigorífico JBS, entregou uma gravação de 30 minutos na qual
Aécio, presidente nacional do PSDB, pede ao empresário R$ 2 milhões para pagar
a defesa dele na Operação Lava Jato. A delação foi homologada pelo ministro
Fachin.
Apesar
do afastamento da cadeira de senador, Aécio poderá continuar frequentando as
dependências do Congresso Nacional. Ele, no entanto, está impedido de votar ou
exercer outro ato como parlamentar.
Fachin
também mandou apreender o passaporte do senador e o proibiu de ter contato com
outros investigados.
Suplente
Segundo
a Secretaria-Geral da Mesa, o regimento do Senado não prevê a substituição
imediata de senadores nos casos de afastamentos como o do senador Aécio Neves.
O
regimento da Casa só prevê que o suplente assuma a cadeira do titular em caso
de afastamento se o senador assumir função de ministro, governador, secretário
de estado e do Distrito Federal, de prefeitura de capital ou de chefe de missão
diplomática temporária.
O
suplente também assume a função em caso de licença do titular por mais de 120
dias por motivos de saúde, por exemplo.
Com
isso a Casa terá um parlamentar a menos nas próximas votações.
Por Gustavo Garcia, G1, Brasília
18/05/2017 13h34 Atualizado há menos de 1 minuto
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