12 CONCUT discute a crise: "O Estado brasileiro é um Robin Hood ao contrário"

O Brasil vive um momento de crise financeira e isso provocou uma recessão na economia e terminou por respingar na classe trabalhadora que sentiu o peso do aumento dos preços e dos impostos.

O 12 CONCUT - Congresso da CUT que está acontecendo em São Paulo está debatendo esta e outras questões importantes para os trabalhadores do serviço público brasileiro.

Nas falas de hoje (14), Guilherme Boulos do Movimento dos Sem Teto disse que "o estado brasileiro é um Robin Hood ao contrário. Se tira dos pobres, por meio de pesados impostos, para dar aos ricos". 

Boulos expôs o que já se sabe, as grandes corporações (multinacionais) sonegam impostos e transferem a maior parte do arrecadam aqui aos seus países de origem. Segundo ele deveria se cobrar mais delas e fazer com que elas paguem o preço da crise e não os trabalhadores assalariados. 

Mas essa é a lógica do capitalismo criticado por Marx, na busca incessante pelo lucro, tende a explorar o trabalhador em favor dos altos lucros obtidos com sua força de trabalho.

Ao mesmo tempo que a crise assola o país o Congresso Nacional coloca em pauta a redução da maioridade penal (o que, aliás, não resolve o problema da criminalidade, mas fabrica em presídios despreparados e desumanos bandidos e superlota o que já está esbaldando); mudar o regime de aposentadoria; terceirização (o que também prejudica a massa trabalhadora); e; financiamento de campanha por empresas (a saber: as maiores bancadas do Congresso são de gente financiada).

Um dos expositores, Gilmar do MST, disse que a "eleição foi sequestrada pelas empresas". 

É preciso dizer ainda que somente a esquerda não muda as cosias, mas a luta coletiva sim.

Nos dias de hoje os brasileiros trabalhadores enfrentam duas direções: enfrentar a direita que é elitizada e não liga muito pro trabalhador, e, a esquerda (governo) que se elegeu com um discurso de garantir direitos trabalhistas, não aumentar impostos, mas não foi isso que ocorreu. Ou seja, estamos "num mato sem cachorro".

Vivemos um momento de tempestade e ninguém quer tempestade. Mas, tempestades podem ter aspectos positivos. 

Sou sindicalista, e, portanto, um dos participantes do CONCUT,
 ao lado do sul coreano Dong-Gyu 
No mundo inteiro está se vendo ataque contra a classe trabalhadora por conta da hegemonia do capital, onde tudo e todos viram mercadoria. Um dos participantes do Congresso, Yang Dong-Gyu, da Coreia do Sul disse que por lá também os trabalhadores precisam travar lutas contra o capital.

Líderes sindicalistas de países como Palestina, Angola, Haiti e outros denunciaram o abuso das grandes multinacionais em negar direitos trabalhistas e operaram por meio da terceirização. Além da crise humanitária que vivem Sírios e povos do Oriente Médio.

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